Todo condutor sabe que transitar com o veículo em mau estado de conservação é uma infração grave e pode gerar multa. No entanto, alguns, mesmo com consciência de que o pneu desgastado faz parte dessa categoria, retardam sua substituição e podem provocar acidentes de trânsito. O pneu desgastado reduz a aderência ao solo, reduzindo a capacidade de realizar frenagens, deslocamentos em curvas e manobras emergenciais.
Além disso, os sulcos que contribuem para o escoamento da água, deixam de exercer sua funçāo. Consequentemente, o veículo desliza com mais facilidade, fazendo com que o motorista perca o controle, podendo causar um acidente. Por isso, no artigo de hoje nós ajudaremos você a identificar a hora certa de realizar a troca do pneu antes que ele fique inadequado para manter a sua segurança e a de seus passageiros. Continue lendo e confira!
Observe o TWI (Tread Wear Indicator)
Para saber se o pneu está em boas condições de transitar, é importante observar um dos indicadores de desgaste, como o Tread Wear Indicator. O TWI é a linha que fica entre os sulcos da banda de rodagem e indica o limite de desgaste do pneu — que deve ter uma profundidade mínima de 1,6 mm.
Segundo a Resolução nº 558/80 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), é proibido circular com o veículo quando a borracha da banda de rodagem se desgasta e atinge o TWI, tornando-se inferior a 1,6 mm. Afinal, quanto menor for a profundidade dos sulcos, maior será o risco de causar acidentes devido à redução da aderência do pneu com o solo.
Verifique o DOT (Department of Transportation)
Mesmo que a condição do pneu esteja adequada e a banda de rodagem esteja com a profundidade adequada, é importante analisar a data de fabricação, pois eles têm validade de, no máximo, cinco anos a partir deste momento.
Para isso, é possível observar a sigla “DOT” que está gravada na lateral da peça. Próximo a essa marcação constam quatro dígitos que indicam a semana e o ano de fabricação do pneu. Por exemplo, se no pneu estiver escrito “DOT — 1514”, isso significa que ele foi fabricado na 15ª semana do ano de 2014.
Importante saber: Os fabricantes comercializam pneus com fabricação próxima ao limite dos cinco anos, pois algumas medidas possuem um fluxo menor de vendas. Nestes casos a Garantia passa a ser a data de emissão da Nota Fiscal de venda do produto.
Faça rodízio conforme manual de instrução do veículo
O rodízio é feito para que os pneus possam ser desgastados de maneira mais uniforme, ajudando a aumentar a vida útil do equipamento, compensar as diferenças entre os eixos e geometria, mantendo o veículo com estabilidade nas frenagens e curvas.
O procedimento sugerido em grande parte dos manuais é a forma paralela, que troca os pneus que estão na frente pelos de trás ou vice-versa. No entanto, o rodídizio em X, é o mais indicado em várias situações: nela, o pneu dianteiro direito é trocado com o traseiro esquerdo e o traseiro direito com o dianteiro esquerdo.
Porém, independentemente da sua escolha, recomenda-se que o rodízio seja realizado a cada 5 mil km.
Evite o excesso de carga
As bagagens extras e o excesso de carga são condições que também podem prejudicar os pneus: quando estão sobrecarregados, eles podem esquentar demais e, consequentemente, prejudicar sua estrutura.
Dessa forma, é fundamental não ultrapassar o limite de carga estabelecido nos pneus e saber o peso máximo que ele suporta. Para isso, basta conferir as informações que estão na tabela de cargas dos pneus, que são os números estampados na borracha lateral.
Por exemplo, se o número da peça for 204/70R14 110S, o 110 é o valor que estabelece o peso máximo que cada pneu pode ter — nesse caso, 110 significa 1.060 kg.
Averigue periodicamente suspensão, alinhamento e calibragem
Além de ficar alerta à condição dos pneus é importante que o proprietário também faça alguns ajustes que são necessários para aumentar a durabilidade e manter a manutenção preventiva do veículo. Esteja sempre atento aos seguintes fatores:
Suspensão
A suspensão é um item que merece atenção, ela mantém toda a estrutura do automóvel e ainda é responsável pela estabilidade. Por isso, não adianta investir em pneus novos se esse sistema (suspensão) estiver em mau estado de conservação.
Esse é um sistema que age diretamente sobre os pneus e pode contribuir para a seu desgaste e aparecimento de irregularidades de maneira mais rápida.
Alinhamento e balanceamento
Quando o automóvel atinge no máximo 10 mil km, após o último serviço, é preciso que o proprietário faça novamente o alinhamento da direção, balanceamento das rodas e rodízio dos pneus.
Afinal, além de causar desgaste irregular, prematuro e aumento do consumo de combustível o veículo desalinhado tende a “puxar” para algum lado, principalmente em maiores velocidades — o que é um risco enorme e pode causar um acidente.
O desbalanceamento das rodas faz a direção vibrar, causando danos para a suspensão, além de instabilidade, desgaste localizado no pneu e insegurança para o condutor.
Calibragem
A calibragem é outro fator de extrema importância e relevante para obter economia de combustível. Um pneu com baixa pressão deixa a direção mais pesada e aumenta a resistência ao rolamento, o que colabora para o aumento do consumo de combustível.
Por outro lado, quando a pressão é excedida, aumenta o desgaste no centro da bandagem e gera perda de estabilidade, principalmente em curvas.
Para manter o pneu calibrado de maneira adequada é recomendado fazer o procedimento uma vez por semana. O proprietário deve seguir a pressão estabelecida nas instruções que estão registradas no manual do veículo.
Assim, para evitar trocas prematuras dos pneus e sofrer com gastos desnecessários, é fundamental investir em vistorias e quando necessário efetuar a manutenção no automóvel.
E então? Você gostou das nossas dicas sobre como identificar um pneu desgastado? Então certamente também gostará de entender os riscos e as penalidades de dirigir com o pneu careca. Confira! Até breve!